quarta-feira, 15 de junho de 2011

energias renováveis

Todas as energias renováveis têm inconvenientes, embora tenham as vantagens sobejamente conhecidas.
Tentemos analisá-las, referindo-nos sómente à produção de energia electrica.
Eolica –a energia que teve mais apoio das entidades oficiais até agora.
Na verdade tem vários inconvenientes, a começar pela sua fraca operacionalidade (entendida como a relação entre a energia produzida anualmente e o máximo que seria possível com a potência instalada)- normalmente à volta de 28% ou seja equivalente a 2500 horas anuais.
É totalmente imprvisível, não se podendo prever quando vai produzir e quanto vai produzir em qualquer altura.
A solução de usar a energia de horas vazias para bombagem nas barragens tem muitas perdas ( na linha e na eficiência das bombas) e só possível na estação estival sendo problemática ou impossível na época das chuvas.
Tem impactos ambientais e visuais negativos.
Estão em regra longe dos centros de consumo , originando perdas consideráveis na rede.
Hidraulica- As mimi hidricas estão dependentes da pluviosidade e tem também fraca operacionalidade.
Localizam-se normalmente afastadas dos centros de consumo.
As grandes barragens com armazenamento, têm grandes impactos ambientais e originam frequentemente alterações profundas nas populações circundantes.
Ondas e marés- Tecnologias ainda em desenvolvimento, muito onerosa, de resultados incertos e de aplicação limitada. Podem ter também impactos ambientias importantes.
Enquanto no caso das ondas a energia produzida depende das condições atmosféricas e portanto imprevisível ao londo do ano e com operacionalidade limitada,no caso das marés sabe-se exactamente quando ocorrem, mas só podem produzir energia em metade do tempo. Alem disso são de implantação difícil ou impssível na maior parte dos locais.
Solar- Actualmente tem custos de instalação muito elevados (os maiores de todas as energias renováveis). Com alguma previsibilidade, têm uma oparacionalidade reduzida (2500-3000H/ano).
Ocupam muito espaço e estarão por regra longe dos centros de consumo.
Geotermia – Embora com custos de instalação elevados, têm operacionalidade elevada, reduzido impacto ambiental , mas infelizmente poucos locais com recursos no nosso País.
Biomassa- A produção de electricidade e combustíveis líquidos a partir da biomassa é especialmente importante no nosso País, pois temos recursos que podderão ser aumentados especialmente paa os combustívies líquidos.
No entanto, há também incovenientes. A começar pelo custo da biomassa, originada pela sua recolha e transporte que tenderão a aumentar.
Por outro lado, o investimento necessário e mesmo a eficiência das centrais aumenta com a sua dimensão, mas inversamente o custo da biomassa será maior pois implicará uma área de influência tanto maior quanto maior forem as cemtrais.

Não consideramos a energia nuclear porque, tudo leva a crer que não poderá ser considerada nos próximos anos.
No meio da problemática da energia , parece que nos esquecemos das razões que nos levaram a apostar nas energias renováveis. Talvez seja bom recordar.
Actualmente o principal motivo parece ser a emissão de gases com efeito de estufa dos combustíveis fóssies. A par deste tem que se considerar que o País e em geral os países ocidentais ou não têm de todo recursos em combustíveis fósseis ou têm recurso limitdos.
Daí resulta grande depndência dos países produtores e e encargos elevados, com tendência a aumentarem. Podem oscilar de acordo com o mercado, mas à medida que estes recursos forem sendo consumidos mais cara vai ter que ser a sua aquisição.
Isto mesmo sem considerar que os países com economia em expansão ( China e India e outros), vão aumentar progessivamente e inexorávelmente o consumo.
Qunto menos gastarmos em combustíveis fósseis, mais estes durarão e a progressão no seu preço será mais lenta.

Se nos centrarmos nestes objectivos, temos que concuir que.
- Precisamos de produzir mais electridade por meios que não recorram a combustíveis sólidos
- Reduzir o consumo, através da utilização racional de energia.

No primeiro caso englobam-se as energias renováveis atrás mencionadas, mas também a produção de lectricidade a partir da energia contida nos lixos. Lixos urbanos como no caso da Valorsul, biogás produzido nos aterros sanitários, incineradores , e outros.
No segundo caso, teremos a co-geração, iinstalação de motores elctricos de alto rendimento, iluminação com luz fluorescente, controle de processos consumidores de energia, etc.

Aa recuperação da energia de efluentes industriais, é ignorada, não tem reconhecimento oficial e não dispõe de qauisquer apoios.
No entanto, practicamente não tem inconvenientes, a não ser o seu custo demasisado elevado para poder ser económicamente considerado. Isto porque os empresários das industrias em que este processo poderia ser aplicado, consideram uma tal instalação não como uma central de energia electrica nova, mas como um aparelho ou máquina a adquirir se tiver um bom retorno. Na prática entre 1 a 4 anos, ao contrário duma central de produção de energia renovável ou não, que terá retornos muito maiores. Para dificultar ainda mais a sua implementação, o preço da electricidade nas industrias aonde poderá existir efluentes com alto valor energético, é baixo por serem grandes consumidores de energia e terem preços a condizer.
Como resultado de tudo isto, e na práctica, perde-se várias oportunidades de aumentar a produção de enrgia electrica, sem recurso a combustíveis fósseis, sem emissões e sem impactos ambientais. Pode argumentar-se que se trata dum contributo diminuto, e na verdade, nós Portugueses só gostamos de coisas grandes e bem visíveis, ou talvez porque isso não é do interesse dos monopólios da energia .

Esta é uma situação que não se compreende, se o objectivo fosse como deveria ser de aproveitar todas as possibilidades de reduzir o consumo de combustíveis fósseis.





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